Com o crescimento exponencial da tecnologia e sua constante atualização, o mundo dos negócios mudou por completo em todos os setores. Nessa perspectiva, diversas áreas de atuação passaram por mudanças, assim como foi o caso do mercado imobiliário. Alguns anos atrás (nem tantos), os corretores precisavam focar seus esforços em apresentar detalhadamente um catálogo impresso e falar sobre todas as características do imóvel. Hoje, todas essas informações já estão online, o que permite ao corretor aperfeiçoar-se no ponto crucial da negociação: fechar a venda. E quando o assunto é tecnologia, é preciso estar atualizado nas tendências que surgem no ambiente digital. Nesse contexto, conhecer o possível cliente antes dele chegar à mesa da imobiliária é essencial. Então, entra em cena a ciência de dados. Por que utilizar dados? Essa é uma pergunta comum. Por exemplo, se você estivesse perdido e precisasse escolher entre duas estradas em uma encruzilhada, você gostaria de saber para qual destino cada uma vai? Creio que sim. É exatamente essa a importância dos dados, guiar você até seu objetivo certeiro, sem tiro no escuro. Toda vez que uma pessoa está navegando pela internet, automaticamente, está deixando "rastros", ou seja, gerando dados. Podem ser computados por meio de mídias sociais, cadastros, vídeos, sites etc. Nessa perspectiva, a análise permite transformar um apanhado de dados dispersos em informação útil, traçando um perfil a ser avaliado e implementado no plano de vendas da imobiliária para que as ofertas certeiras cheguem de forma natural ao cliente. Além disso, o uso de dados evita o "desperdício" de propostas. Afinal, muitas vezes, os vendedores ofertam produtos demais, sem saber se haverá compradores, ou simplesmente erram nos atributos do imóvel ou no preço, que é uma das principais variáveis de absorção. No contexto do mercado imobiliário, ele é dividido em três tópicos: 1. Dinâmica econômica É necessário ter conhecimento sobre a economia do município para projetar o seu crescimento e averiguar uma potencial elasticidade de demanda. Assim, é possível ter ciência e antecipar as tendências do mercado. 2. Identificar a demanda Entender a relação de procura e compra dos clientes. Saber a parcela máxima que cada família pode pagar, mapeando os desejos e necessidades da demanda daquilo que a motiva a comprar e dos atributos que ela procura em um imóvel. Também é importante ver para qual lado está indo o crescimento da cidade. 3. Oferta disponível Avaliar como e se a demanda existente está sendo atendida, certificando-se que os preços cobrados estão dentro das condições dos clientes. Papel do corretor: Muitas vezes, a tecnologia é percebida como vilã por automatizar as funções e operações dentro das empresas, mas, na verdade, ela é um facilitador ao simplificar e agilizar processos. Nessa perspectiva, os corretores e profissionais de imobiliária têm a possibilidade de aperfeiçoar seu estilo de trabalho. Com a utilização de dados, é possível dar informações ao cliente que, antes, não seria possível. Qualidade de vida: Toda pessoa que está atrás de um imóvel se preocupa com uma série de fatores relacionados ao seu bem-estar e de sua família. Assim, com os dados em mãos, é possível saber o que cada localidade oferece. Um exemplo disso é a medição do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de cada região para que o corretor ofereça a melhor opção conforme o perfil dos seus clientes. Além disso, por meio de dados cruzados, pode-se reunir informações para indicar qual é a área mais recomendada para o poder de compra de cada cliente, para quem tem crianças, pets e assim por diante. Valor por metro quadrado: Ter um bom preço é essencial para cativar cada vez mais clientes. Mas, antes disso, é preciso estar dentro da margem de cobrança média em relação aos concorrentes. Aqui, a utilização de dados permite às imobiliárias e administradoras terem uma melhor noção do valor de mercado dos imóveis de cada região. Marketing: A primeira ação de uma pessoa disposta a comprar ou alugar um imóvel é pesquisar na internet as melhores opções. Ao fazer a busca no navegador, os sites mais bem colocados partem na frente na disputa pela clientela. Por isso, é importante ter um conteúdo de qualidade, um layout chamativo e um mecanismo de indexação do site confiável. Nesse contexto, com as informações obtidas a partir de dados, é possível saber que tipo de informação mais atrai o seu público e, assim, aumentar as chances de conquistar mais vendas. Antecedentes do imóvel: Saber o histórico do imóvel é ponto crucial para elaborar o plano de negócio. Dessa forma, por meio da análise de dados, é possível ter conhecimento do passado do bem imobiliário e, dessa forma, apresentá-lo com transparência e informações embasadas para os possíveis compradores. Os profissionais do segmento imobiliário devem estar em constante aprendizado. Nessa perspectiva, as capacitações e pesquisas de mercado desenvolvidas pelo Departamento de Economia e Estatística do SECOVI/RS são ótimas maneiras de aprimorar as habilidades relacionadas à atividade imobiliária. Entre em contato e conheça os nossos recursos.